Na véspera do dia da Consciência Negra, 20/11, a morte de um homem negro, João Alberto Silveira Freitas, 40, ocorrida na última quinta-feira,19, de forma abrupta em um supermercado do sul do país, despertou para um debate sobre racismo no Brasil. João Alberto foi espancado e asfixiado nos moldes do que ocorreu com George Floyd nos Estados Unidos em maio deste ano.
Além de chocar o país inteiro e gerar repúdio nas redes sociais, o fato reacendeu a chama sobre o racismo, e houve quem dissesse que não existe racismo no país, como o vice-presidente da república Hamilton Mourão ao falar sobre o assunto, o vice-presidente comparou o racismo dos Estados Unidos com o Brasil, e equivocou-se ao negar a existência do racismo por aqui. Não só existe, como existe há séculos. O crime também aponta a falta de preparo de profissionais de segurança ao lidar com situações adversas, e ainda, mostra que foram além daquilo que deveriam ter feito naquela situação.
João Alberto agrediu com um soco um dos indivíduos, que o retiravam do local após o desentendimento com uma funcionária do supermercado, mas o homem já estava imobilizado, mesmo assim, foi asfixiado na garagem aos fundos do supermercado, um exagero da força que custou uma vida.
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Foto: Arquivo Pessoal /reprodução GauchaZH |
Pouco antes João, que estava em compras com a esposa, havia se desentendido com uma funcionária do local, e foi expulso, mas ao ser retirado, deu um soco em um dos seguranças, foi imobilizado e espancado até a morte, um dos agentes era policial da Brigada Militar a serviço da vigilância do supermercado.
O fato mostra que mesmo não sendo a motivação do crime "racismo", o racismo está impregnado em nosso sistema, e é preciso falar sobre o assunto, não só falar, como fazer justiça.
Logo em seguida a divulgação da notícia, movimentos tomaram às ruas do país, em grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, onde unidades da grande rede de supermercados Carrefour, sofreram depredação por parte de manifestantes, o que gerou críticas, mas também um posicionamento das autoridades e da própria rede de supermercados, onde já ocorreu algumas situações de repúdio, como a morte de um cão, após sofrer agressão por um segurança, em uma unidade do supermercado em Osasco -SP em 2018.
Não é racismo apenas, é falta de humanidade!
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