Por Júlio Bruno
A TV brasileira comemorou 70 anos na
última sexta-feira, dia 18 de setembro. Apesar da idade, a televisão ainda está
no auge de um processo de transformação aqui no país, com a convergência de
novas mídias, as grandes emissoras estão tendo que se reinventar para continuar
na atividade a longo prazo. Este processo é um pouco lento para elas, que estão
acostumadas ao comodismo naquilo que já deu certo, e um processo voraz para o
mercado, que não perdoa.
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Foto: Pixabay
Atentas à estas questões as emissoras
estão modificando cada vez mais o conceito de seus produtos, como exemplo,
duração de novelas, revisão de programação, nova oferta de produtos que antes
não ganhavam espaço na programação, serviços próprios de aplicativos, e interação
com o público nas redes sociais.
Para efeito de comparação, é como ocorre quando sua avó ou avô, que resistiu por uma década aos celulares, descobrem o alcance
e as funcionalidades do WhatsApp, por exemplo. Fantástico, não é?
E ganha o telespectador, ganha a cultura do país, mesmo assim, muitos tubarões do ramo ainda resistem em se abrir para esta nova realidade. A TV conquistou autonomia a ponto de por exemplo, falar sobre um determinado político, pode soar como perseguição, mas não falar, é imperdoável para o público. Pois alguém falará, esse alguém, será a internet. Falar de um político não significa falar mal, nem falar bem, como muitos gostam e almejam, e geralmente querem aparecer bem na fita, como por exemplo no período eleitoral, o que pode soar como propaganda, por isso as vedações da lei.
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Foto: Pixabay/ modificada por este blog
Chegamos a um momento único na TV, onde
a fita, não existe mais, se existe somente nos arquivos físicos e sem uso. Hoje em dia, a
pessoa tem que se manter fiel aquilo que acredita, pois se virar notícia, não
será pela mente fértil de um repórter em início de carreira, e sim pelos seus próprios
atos e realizações. Portanto, a TV segue seu caminho, com um jornalismo
ganhando força, em um mundo em que tudo pode ser duvidoso, mas a verdade é
implacável. Não há espaço para enganação, as pessoas já não perdoam
assistencialismo barato, enrolação, querem ajudar quem é de verdade, e
prestigiam quem vai direto ao assunto, não há tempo para se perder em assuntos
para segurar a audiência. O controle é implacável e a tela agora é "touch".
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Foto: Pixabay/ modificada por este blog
Comemorações tímidas
Muito
tímida na telinha e restrita a matérias em seus telejornais, às emissoras se
homenagearam timidamente.
Destaque para a TV Cultura que iniciou uma série especial que
vai ao todas às quintas-feiras, às 22h15, contando a história da TV na ótica te
70 profissionais do ramo.
A TV Globo também fez um Globo Repórter especial dividido em 2 episódios, porém o velho costume de dar aquela ênfase às suas próprias produções.
A Band, SBT, RecordTV e Rede TV colocaram matérias em seus telejornais. Antenadas as mudanças estás últimas 5 redes estão gerando cada vez mais conteúdo para o Youtube e novas mídias.
Veja algumas dessas homenagens.
Nosso canal SUPERNEWS também trouxe novidades com um programa temático de crítica de TV, o Revista Eletrônica. Veja nossos 2 primeiros episódios.
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